quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dia de Ações de Graças

Eis o Cordeiro de Deus

Senhor? Sim.

Pode ser que eu esteja errando ao dizer isso, mas preciso lhe dizer algo que estou pensando.

Pode falar.

Eu não gosto deste versículo: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Não parece com você; não parece algo que o senhor diria.

Normalmente eu adoro quando você fala. Eu escuto quando você fala. Eu imagino o poder de sua voz, o trovoar dos seus mandamentos, o dinamismo em suas ordens. Isso é o que eu gosto de ouvir.

Lembre-se da canção de criação que você cantou na silenciosa eternidade? Ah, agora isso é você. Este era o ato de um Deus!

E quando você ordenou as ondas a salpicarem e elas rugiram, quando você mandou que as estrelas fossem arremessadas e elas voaram, quando você proclamou que a vida fosse vivida e tudo começou? . . . Ou o sussurro de respiração no barro assado que seria Adão? Isso era o seu melhor. É assim que eu gosto de lhe ouvir. Esta é a voz que eu adoro ouvir.

É por isso que eu não gosto deste versículo. É realmente você falando? Essas palavras são realmente suas? Essa é de fato sua voz? A voz que acendeu um arbusto, dividiu um mar, e enviou fogo de céu?

Mas desta vez sua voz é diferente.

Olhe para a declaração. Há um “por que” no início e um ponto de interrogação ao fim. Você não faz perguntas.

O que aconteceu com o ponto de exclamação? Esta é sua marca registrada. Esta é sua assinatura. A marca tão alta e forte quanto as palavras que precedem.

Está no final de seu comando para Lázaro: “Venha!”[1]. Está lá quando você exorciza os demônios: “Vá!”[2]

Está lá tão valentemente quanto você quando você caminha por sobre as águas e fala para os seguidores: “Tenham Coragem!”[3]

Suas palavras merecem um ponto de exclamação. Eles são o estrondo de címbalos do final, o tiro de canhão de vitória, a trovada conquistadora de carruagens.

Seus verbos abrem desfiladeiros e acendem os discípulos. Fale, Deus! Você é o ponto de exclamação da própria vida. . .

Então, por que o ponto de interrogação que paira sobre o término de suas palavras? Delicado. Dobrado e curvado. Inclinado como se estivesse cansado. Tomara que você o endireitasse. Estire. Faça-o ficar reto e alto.

E já que estou sendo bem franco com você – eu também não gosto de ver a palavra abandonar. A fonte de vida. . . abandonado? O doador de amor. . , só? O pai de tudo. . . isolado?

Veja bem. Certamente você não quer dizer isso. Pode a divindade se sentir abandonada? Nós poderíamos mudar um pouco a declaração? Não muito. Só o verbo. O que você sugeriria?

Que tal desafio? “Meu Deus, meu Deus, por que me desafiaste?”

Não é melhor? Agora nós podemos aplaudir. Agora nós podemos erguer bandeiras para sua dedicação. Agora nós podemos explicar isso aos nossos filhos. Agora faz sentido. Agora, isso lhe faz um herói. Um herói. A história está cheia de heróis.

E quem é um herói senão aquele que sobrevive a um desafio.

Ou, se isso não for aceitável, eu tenho outro. Por que não aflição? “Meu Deus, meu Deus, por que me afligiste?” Sim, é isso mesmo. Agora você é um mártir, fincando o pé para a verdade. Um patriota, perfurado pelo mal. Um soldado nobre que levou a espada toda até o cabo; ensangüentado e machucado, mas vitorioso.

Afligido é muito melhor que abandonado. És um mártir. Lá bem ao lado de Patrick Henry e Abraham Lincoln.

Você é Deus, Jesus! Você não pôde ser abandonado. Você não pôde ser deixado só. Você não pôde ser abandonado em seu momento mais doloroso.

Abandono. Isso é o castigo para um criminoso. Abandono. Isso é o sofrimento agüentado pelos piores. Abandono. Isso é para o vil – não para você. Não você, o Rei de Reis. Não você, o Princípio e o Fim. Afinal de contas, não foi você que João chamou de Cordeiro de Deus?

Isso é que é nome! Isso é que é você. O Cordeiro imaculado e puro de Deus. Eu posso ouvir João dizendo as palavras. Eu posso vê-lo erguendo os olhos. Eu o vejo sorrir e apontar para você e proclamar alto o bastante para todo o Jordão ouvir, “Veja o Cordeiro de Deus. . .” E antes dele terminar a declaração, todos os olhos viram para você. Jovem, bronzeado, robusto. Ombros largos e braços fortes.

“Veja o Cordeiro de Deus. . .” Você gosta daquele versículo?

Eu gosto muito. Deus. É um dos meus favoritos. É você. E a Segunda parte?

Hummm, deixe-me ver se eu me lembro. “Veja o Cordeiro de Deus que veio tomar o pecado do mundo”.[4] Não é isso, Deus?

É isso aí. Pense no que o Cordeiro de Deus veio fazer.

“Que veio tomar o pecado do mundo.” Espere um minuto. “Tomar o pecado. . .” Eu nunca tinha pensado nessas palavras.

Eu as li mas nunca pensei sobre elas. Eu pensei que, sei lá, você simplesmente tivesse mandado o pecado embora. Baniu-o. Eu pensei que você apenas tinha ficado diante das montanhas de nossos pecados e as mandado sumir. Como você fez com os demônios. Como você fez com os hipócritas no templo.

Eu pensei que você simplesmente tinha mandado o mal embora. Eu nunca notara que você o tinha tomado. Nunca me ocorreu que você de fato o tocou - pior ainda, que o pecado lhe tocou.

Isso deve ter sido um momento terrível. Eu sei o que é ser tocado por pecado. Eu sei o que é sentir o fedor dele. Lembra como eu era antes? Antes de eu lhe conhecer, eu me espojei naquele lamaçal. Eu não só toquei pecado, eu o amei. Eu o bebi. Eu dancei com ele. Eu estava no meio dele.

Mas por que eu estou lhe falando? Você se lembra. Foi você que me viu. Foi você que me achou. Eu estava só. Eu tinha medo. Lembra? “Por que? Por que eu? Por que estou tão machucado?”

Eu sei que não era uma boa pergunta. Não era a pergunta certa. Mas era tudo eu conseguia perguntar. Veja, Deus, eu me sentia tão confuso. Tão desolado. Pecado faz isso com você. Pecado lhe deixa naufragado, órfão, à toa, aban–

Ó Meu Deus. Foi isso que aconteceu? Quer dizer que o pecado fez o mesmo a você que fez a mim?

Eu sinto muito. Ó, eu sinto tanto. Eu não sabia. Eu não entendi. Você realmente estava só, não foi?

Sua pergunta foi real, não foi, Jesus? Você realmente sentiu medo. Você realmente estava só. Como eu estava. Só que, eu merecia. Você não.

Perdoe-me, eu falei sem pensar.

[1] João 11:43
[2] Mateus 8:32
[3] Mateus 14:27
[4] João 1:29

de Max Lucado

Os Melhores Violinos


”Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).

Um velho violinista explicou porque seu violino tinha grande qualidade. Ele era feito de um certo tipo de árvore européia. Mas nem todas as árvores daquele tipo produziam bons violinos como o seu. ”As árvores na floresta, protegidas por outras árvores, não produziriam”, disse ele. “Os bons violinos são fabricados com madeira das árvores que crescem em ladeiras, que são envergadas pelos ventos, que são castigadas pelo sol, cujas raízes têm que penetrar profundamente no solo em busca de água e que têm que ser robustas para sobreviver”. Da mesma forma o cristão se torna mais forte e mais útil quando enfrenta e supera grandes testes.

Não gostamos de passar por lutas, de caminhar em meio a tormentas, de encarar crises em nossa vida diária. Preferimos uma vida serena e tranquila, sem lutas e problemas, sem sustos e sem esforços. Ao menor sinal de dificuldades, clamamos ao Senhor pedindo que nos socorra, que nos segure com Suas fortes mãos e nos proteja de todo mal.

Mas não foi assim quando Jesus esteve com Seus discípulos. Ele permitiu que passassem por vários momentos de aflição, que enfrentassem tempestades no Mar da Galiléia, que entendessem que cada luta era um momento de crescimento espiritual que os prepararia para enfrentar o mundo e alcançar grandes vitórias.

O Senhor deseja que sejamos fortes na luta contra as adversidades. Ele quer nos fazer bênçãos em qualquer circunstância. Se o vento das injustiças nos dobram ao ponto de parecer que não conseguiremos resistir, se o calor das batalhas do dia a dia nos assola e maltrata, não percamos a esperança e nem desanimemos. O Senhor está nos provando! Sejamos fortes! Finquemos as raízes de nossa fé na profundidade das promessas do Senhor contidas em Sua Palavra.

Ele nos ama e está apenas nos preparando para sermos instrumentos de valor na Sua obra.

Sejamos violinos espirituais de boa qualidade para Deus.

Paulo Barbosa

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Isso NÃO é problema seu!

”Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele apascenta o rebanho entre os lírios” (Cantares 6:3).

Um ministro perguntou a um pequeno menino, que havia aberto o coração para o Senhor e frequentava assiduamente à igreja: “O diabo não tenta convencê-lo de que não é um cristão?” “Sim, às vezes”. ”E o que você diz quando isso acontece?” “Eu lhe digo”, respondeu o menino, “se eu sou um cristão ou não, isso não é problema seu.”

O menino de nossa ilustração, apesar de ainda muito jovem, compreendia perfeitamente o que era ser um filho de Deus. As coisas velhas já haviam passado e, agora, sua vida estava nas mãos de Deus e só isso importava para ele. O diabo é mentiroso e enganador e gosta de fazer acusações. Seu propósito é tirar a paz do filho de Deus e levá-lo a abandonar o Caminho. Aqueles que lhe dão ouvidos, desanimam, perdem a motivação e, muitas vezes, entram em depressão.

O que devemos fazer em tais situações? O mesmo que o menino – minha vida agora pertence a Jesus e o resto não tem mais nada a ver comigo. Se o diabo tem alguma coisa a nos acusar, de nossa vida passada, deve procurar a Cristo que “levou sobre Si” todos os nossos erros e pecados. Fomos libertos e agora pertencemos a outro reino. Deixamos o reino das trevas e passamos a viver no reino da luz. O nosso Salvador iluminou as nossas vidas e agora iluminamos o caminho por onde passamos.

Quantas vezes já fomos dormir com o coração triste e abatido? Às vezes por uma palavra dura de um parente, ferindo nossas esperanças e tentando minar nossa motivação; outras vezes por uma crítica injusta de um amigo insatisfeito com a nossa alegria. Na verdade, por trás de tudo isso está o dedo do diabo, que a todo custo deseja nos afastar de Deus e de toda a nossa felicidade.

Se você está experimentando uma situação de desânimo, seja por que causa for, vire as costas para o diabo. Assuma a sua posição de cristão, filho do Deus de amor, e siga em busca de suas maravilhosas bênçãos. Deus só tem alegrias para lhe dar. Olhe apenas para Ele e ouça apenas a Sua voz.

Fazendo o Melhor


“Vinde, benditos de meu Pai…” (Mateus 25:34).

Zig Ziglar, especialista em motivação, conta que quando era um menino, sua mãe lhe mandou abrir duas fileiras com uma enxada, para plantar feijão. Ele tinha cerca de oito anos de idade. Ela mostrou exatamente como queria que ele fizesse e lhe falou: “quando você terminar as covas e colocar os feijões, chame-me para que venha examinar se tudo está correto”. quando finalmente ele terminou o trabalho, seguindo as instruções dadas pela mãe, ele a chamou para verificar o seu trabalho. Quando ela chegou ao local, balançou a cabeça de um lado para outro e disse ao filho:

“Bem, querido, creio que você vai ter que repetir sua tarefa. Para a maioria dos meninos estaria bom, mas você não é a maioria dos meninos, é meu filho. E meu filho pode fazer melhor do que isso”.

Temos nos contentado com o razoável? ficamos satisfeitos com uma vida sem brilho, sem objetivos, sem sonhos? Conformamo-nos facilmente com o mínimo sem nos empenhar em buscar a excelência no viver?

Necessitamos entender que não somos insignificantes, nem um número qualquer em uma relação existente. Somos filhos do Deus Altíssimo, herdeiros do Céu de glória. O Senhor nos garantiu que seríamos sempre mais do que vencedores e não devemos nos contentar senão com o nosso melhor.

Precisamos nos empenhar em oferecer o nosso máximo, não por vaidade ou para conquistar notoriedade, mas para exaltar o nome de Jesus e para glorificar o nosso Pai celestial.

Como filhos de Deus temos de testemunhar a transformação em nós operada pelo Espírito Santo; temos que demonstrar amor e alegria, esperança e fé. Devemos cantar em vez de murmurar, levantar depois de um fracasso e jamais desanimar, ter sempre uma palavra de consolo para aqueles que, prostrados, não encontram forças para seguir em frente.

Deus nos diz com amor: “Você não é uma pessoa qualquer, é meu filho. Você deve fazer sempre o melhor.”