segunda-feira, 4 de maio de 2009

Apenas “ficantes”?


De repente alguém chega para você e lhe pergunta: “E aí, cê tá namorando?”, ao que você, meio sem graça, responde: “É... bem... Tô e num tô ao mesmo tempo”.

Esta é a típica resposta daquele que está com alguém, mas não sabe definir o tipo de relacionamento que tem: se um namoro sério ou apenas mais um “ficante”.

O ‘ficar’ virou mania na vida de muitos jovens e adolescentes. E o pior é que essa mania chegou até às igrejas evangélicas. É freqüente observar rapazes e moças trocando de ‘ficantes’ com a mesma facilidade de quem escolhe uma roupa na vitrine.

O ‘ficar’ é um relacionamento sem compromisso, inclusive de fidelidade. Hum...! Aí está um dos causadores de decepções e ‘dor de cabeça’ para os ‘ficantes’: a infidelidade. É comum ver jovens chorando as mágoas de um relacionamento no qual não havia certeza de que iria continuar. Quando menos se espera você descobre que o seu ‘ficante’ está ‘ficando’ com outra pessoa. Confuso? Mas, infelizmente, é assim que as coisas acontecem.

Tão chato como descobrir uma infidelidade é descobrir que você está com alguém e esse alguém não decide o quer. Você deseja namorar sério, mas ele(a) fica lhe enrolando, não lhe assume publicamente, gagueja, faz rodeios, e sempre muda de assunto. Sem contar às vezes que ele ou ela dá um ‘chá de sumiço’, não atende ao telefone e quando resolve aparecer, conta uma história (desculpa) qualquer.

“O dossiê da ficada”

Não é de se espantar que, hoje, o ‘ficar’ é visto como algo normal pela maioria dos jovens, quer sejam evangélicos ou não. Por mais ensinamentos que a Igreja possa passar, moças e rapazes insistem neste relacionamento fugaz.

Recentemente a revista Capricho (edição 912) publicou uma matéria sobre o assunto. Por meio dela vê-se o que os jovens pensam a respeito. Capricho entrevistou 300 meninos e meninas de seis cidades brasileiras para participarem do chamado “Dossiê da ficada”.

Segundo a revista 82% acham que, para ficar, é só estar afim, não é preciso estar apaixonado; para 73%, a vontade de beijar é o suficiente para ficar com alguém”; 36% vêem o ficante como uma pessoa que pode virar um namorado; 34% disseram que o ficante é só um passatempo. E pasmem: para 56% dos entrevistados, é normal ficar com quantos der vontade numa mesma noite. Já as meninas de São Paulo (64%), Brasília (40%) e Salvador (32%) acham que a noite é de um cara só.

É mole ou quer mais? São mais de 20 páginas onde os jovens revelam o que está e o que não está liberado neste tipo de relacionamento.

Em setembro de 2002, uma reportagem realizada pela revista Eclésia (edição 81) já alertava para o perigo que rondava os jovens brasileiros, principalmente os evangélicos. Uma pesquisa elaborada entre os anos de 1994 e 2000, pelo Ministério Lar Cristão – um ministério que promove valores cristãos às famílias e aos jovens – e revelada por Eclésia, mostra que 52% dos jovens crentes transam antes do casamento, e a idade média da primeira relação sexual é de 15 anos; 17% das adolescentes acabam engravidando.

Os dados são assustadores, mas, infelizmente, as ‘ficadas’ continuam por aí. A coisa está tão feia e avançada que 64,5% dos entrevistados pela Capricho “acham que, se não for legal para você, a ‘ficada’ pode ser substituída por outra na mesma noite”.

O que dizer em meio a esta enxurrada de ‘rolos’ e onde tudo parece ser “tão normal”? Não se pode proibir aqui, que os jovens continuem a perder tempo com esses relacionamentos confusos e sem compromisso, contudo, pode-se deixar uma palavra especial: se os valores eternos de Deus estiverem fortemente guardados no coração de cada um, com certeza esse jovem terá mais facilidade para rejeitar os prazeres passageiros que o mundo oferece.

Guardei a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti. (Sl 119.11.)

Ana Paula Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário